domingo, 22 de maio de 2011

Pratápolis



Essa viagem começou com a sensação de ser a primeira. Não havia ninguém pra me guiar e eu ainda era responsável pelo jornalista que indiquei para me acompanhar.
Depois de passar a noite viajando fomos até o único hotel da cidade e não encontramos nossas reservas. A dona tentou ligar para o prefeito e nós tentamos ligar para o "chefe" e nada... A escolha dos quartos foi difícil. Ou dividíamos o único quarto menos ruim e com banheiro ou dormíamos numa coisa que se parecia com uma cela de freira: uma cama, uma cadeira e nada de janelas. Resolvemos dividir o quarto.
A cidade é pequena e me lembrou aquelas cidadezinhas de filmes de zumbis. Quase ninguém na rusas, mesmo durante o dia. As poucas pessoas que passam por você ou te dão "bom dia" ou te olham com jeito de indagação. A impressão que dá é de que ao anoitecer surgirá uma turma de mortos vivos e vindos atrás e de nossos cérebros.



Quem está acostumado com o tumulto dos grandes centros urbanos e chega numa cidade dessas consegue ouvir o silêncio. É incrível a quantidade de sons da natureza que os carros e o excesso de comércio e indústrias abafam.
Uma semana longe da boa e velha internet é o suficiente para me enlouquecer. Sem internet sim. Apesar dos esforços da prefeitura para promover a inclusão digital na cidade e oferecer o serviço gratuito um hotel tão simples não faria esse mimo pelos seus hóspedes, faria?                                   
A maior aventura da viagem foi ter subido na torre de celular para fazer a foto panorâmica. Pena que não havia ninguém lá pra fotografar essa façanha. Espero poder subir em mais torres nesses interiores da vida... hehehehehe...
As fontes de águas termais e as piscinas que visitei com temperatura constante de 27º me deixaram com uma enorme vontade de entrar na água, quem sabe não volto lá um dia? O mais prático seria colocar uma roupa de banho no case da câmera fotográfica.
Por enquanto, o sotaque puxando o "r", o enigmático "Chico das abelhas" e a fonte de peixes coloridos vão ficar na memória.
Bem, uma amiga pediu para contar a história do Chico das Abelhas aqui. Serei breve.
Desde criança ele é atraído por bichos peçonhentos. E os animais também gostam dele. O Chico simplesmente fala e eles o obedecem. É uma relação muito louca. Só vendo pra acreditar e só conto isso aqui porque vi com meus próprios olhos, ele danando os comandos e a cobra obedecendo. E, detalhe, a cobra que está no ombro dele (foto ao lado) ele havia pego somente há um dia. Quando soube disso dei uns três passos para trás de medo. Tudo bem a cobra obedecer ele e não atacá-lo, mas e se ela cismasse comigo? Ou pior, se o próprio Chico cismasse e gentilmente pedisse a ela pra me picar?
Achei esse documentário no youtube sobre ele quem tiver curiosidade vale a pena conferir. 

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